A relação da Estônia com a tecnologia é um tanto próxima. Toomas Hendrik, o atual presidente do país, é entusiasta da automação. Ele vê as máquinas como solução para um país pequeno, com população de 1,4 milhão de pessoas, competir com os grandes.
Já no final da década de 1990 todas as escolas estonianas funcionavam online. As crianças já aprendem a programar com sete anos. Com dez, estão fazendo seus primeiros games. Pela internet, os pais conseguem ver suas notas, presenças e até se estão entregando as lições de casa.
Os estonianos também conseguem votar e pagar impostos pela internet. Pela rede, ainda conseguem acessar seu histórico de saúde. O RG deles é um cartão digital que serve para diversos fins que vão desde comprar remédios a registrar novos negócios. O país todo coleta dados e os transforma em inteligência, da mesma forma que no brasil os correios coleta os dados de CEP para que seja possível usar o busca cep e encontrar os endereços desejados.
Recentemente, a Cidade do México deixou de ser distrito federal e se tornou uma cidade autônoma, que terá sua própria constituição. Para tentar deixar a redação do documento um pouco mais democrática, o governo local está permitindo que as mais de nove milhões de pessoas palpitem pela internet.
As opiniões são submetidas ao site Change.Org, famoso por promover petições online. Os autores de propostas com mais de 10 mil assinaturas poderão ir defender sua ideia pessoalmente. Os cidadãos ainda podem fazer sugestões ao projeto comentando no PubPub, uma plataforma semelhante ao Google Docs.
Apesar de o governo prometer ouvir as sugestões, os políticos não são obrigados a levar em conta as propostas dos cidadãos — por mais adesão que elas tenham. Além disso, há a dificuldade de conseguir sintetizar todas as opiniões dadas na plataforma.
De acordo com o Quartz há outros dados que mostram a dificuldade do contexto: 66% dos mexicanos consideram que as leis não sem respeitadas; metade acredita que a democracia é um sistema em que todos participam, mas poucos se beneficiam; 40% não confiam em partidos políticos e legisladores; 70% não confiam nos outros mexicanos.