A Islândia também fez uma tentativa de reforma constitucional por crowdsourcing. Em 2010, dois anos após a falência do país, eles decidiram que estava na hora de criar uma nova constituição ouvindo o povo o máximo que pudessem.
Em uma primeira fase, escolheram 950 cidadãos aleatórios para definirem quais seriam os princípios que deveriam estar no contrato social do país. Na sequência, montaram um grupo de 25 pessoas (15 homens e 10 mulheres) para escrever o rascunho da constituição.
O processo foi todo aberto na internet. As pessoas podiam comentar e sugerir alterações o tempo todo pelas redes sociais, inclusive pelo facebook entrar. No fórum em que o documento foi discutido, tudo foi transmitido por streaming.
No entanto, depois de finalizado, o documento foi para o parlamento e, após uma série de manobras políticas, foi congelado. As mudanças não aconteceram e ficaram todas nas mãos dos políticos. A experiência trouxe diversos aprendizados sobre como conduzir um processo democrático e inclusivo. Apesar de não ter tido um bom desfecho, serviu como experimento para o mundo ver.
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