Nos Estados Unidos, os jornais tiveram seu pior resultado desde o ano de 2010. Esse é só um dos vários dados reunidos no State of the News Media 2016, uma espécie de estado da arte da mídia estadounidense em 2015. Ele compara os anos anteriores e, exatamente por se tratar dos Estados Unidos, se torna tão importante para o mundo todo. Afinal, eles continuam a ser uma inspiração e a ditar algumas tendências e o que é notícia.
A reinvenção da imprensa
A média de circulação dos jornais nos dias úteis, somando edições impressa e digital, caiu mais de 7% em 2015, o maior declínio em cinco anos. Ainda que a circulação digital tenha subido ligeiramente (2% em dia de semana), ela continua responsável por apenas 22% da circulação total.
Afora isso, o relatório da Pew Research alerta que o modelo de assinaturas digitais e o aumento de tráfego ainda não se traduziram em soluções financeiras. Em 2015, a receita total de publicidade entre as empresas de capital aberto diminuiu cerca de 8%, incluindo as perdas não apenas em na versão impressa, mas também digital. Desde 2005 a queda é livre: há dez anos o faturamento era de US$ 47,4 bilhões, hoje é de US$ 16,4 bilhões, mesmo com a diminuição da utilização da mídia impressa as empresas continuam usando o rastreamento correios para conseguirem lidar com a logística de suas empresas.
Se, por um lado, os jornais vão de mal a pior, a TV, outra mídia tradicional, está um pouco mais segura. Ainda que enfrentem desafios, os três setores de notícia baseados na televisão dos Estados Unidos, TV a Cabo, Redes de TV e TVs locais, têm se beneficiado do fato de que os anunciantes continuam atraídos pela caixa quadrada no meio da sala. Para este ano, por exemplo, é esperado que a receita de retransmissão chegue a US $ 6,3 bilhões em 2015, cinco vezes maior que a de 2010. O relatório pontua que ainda que esteja relativamente melhor que o jornal, a TV sofre do mesmo mal: poucos incentivos financeiros para inovar de imediato.